Eslovaco, que terminou o Mundial de XCO em 63º lugar, não pontuou; Sagan vai integrar a Specialized Factory Racing em 2024
Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
O retorno de Peter Sagan ao mountain bike não trouxe grandes resultados para o tricampeão mundial de estrada (2015, 2016 e 2017). O eslovaco terminou o Mundial de MTB em 63º lugar no XCO e em 37º no short track e ainda entrou na polêmica da mudança de regras da UCI um dia antes da disputa que o colocou na quinta fila na largada no cross country olímpico.
Mas, durante o evento na Escócia, foi confirmado como novo integrante da equipe de MTB Specialized Factory Racing.
Vale lembrar que há anos Sagan e a Specialized correm juntos e um grande exemplo da parceria é que, quando o eslovaco saiu da equipe Bora-Hansgrohe, levou a Specialized como patrocinadora de sua nova equipe, a TotalEnergies.
Duas temporadas depois, sem resultados relevantes, Sagan anunciou no dia do seu aniversário de 33 anos, na Volta de San Juan, em janeiro, que esta seria sua temporada final no ciclismo profissional (leia mais aqui), mas que queria disputar o MTB dos Jogos de Paris-2024.
Em 2016, no Rio de Janeiro, o eslovaco fez sua estreia na disputa olímpica, largou forte mas, após dois problemas mecânicos, desistiu (relembre aqui).
A participação no Campeonato Mundial de MTB na Escócia foi o primeiro passo para Sagan, que foi campeão mundial júnior na disciplina em 2008 e logo fez a transição para a estrada. A busca por pontos olímpicos é uma batalha difícil, já que a Eslováquia está longe no ranking de nações da UCI, que prevê que apenas as 19 primeiras nações têm a vaga garantida.
No sábado, na disputa do Mundial, Sagan rodou durante boa parte da prova de XCO em posições que talvez lhe pudessem ter dado um lugar olímpico por causa da regra que concede duas vagas olímpicas aos países dos dois competidores mais bem classificados cuja nação não tenha obtido uma vaga pelo ranking de países.
Mas, quando viu competidores como o colombiano Diego Arias ou Tomer Zaltsman, de Israel, o ultrapassar – dois países fora do top 19 do ranking da UCI por nações -, Sagan soube que sua luta pela vaga olímpica será mais longa. Hoje a Eslováquia está na 30ª posição do ranking, quase 1.200 pontos atrás da 19ª colocada. O desafio é como somar pontos necessários para entrar no Top 19. Sagan não vai participar das próximas etapas da Copa do Mundo, pois continuará seu cronograma de estrada. “Vou terminar a temporada e, depois, veremos. Eu sempre disse que gostaria de terminar minha carreira no mountain bike, porque comecei minha carreira no mountain bike”, disse Sagan. “ Encerrar fazendo algo de que gosto muito. E se eu conseguir terminar minha carreira em Paris nos Jogos Olímpicos 2024, isso será muito bom.”