Holandês cinco vezes campeão mundial de ciclocross confirma que vai disputar provas da modalidade e se preparar para o Mundial em fevereiro
Van der Poel com o troféu em Madrid
Do Bikemagazine
Fotos de divulgação
O novo campeão mundial, o holandês Mathieu van der Poel (Alpecin-Deceuninck), venceu neste domingo (29 de outubro) a segunda edição da Madrid Criterium, na capital espanhola, no encerramento de sua temporada no ciclismo. Para alegria dos fãs, os espanhóis Juan Ayuso (UAE Team Emirates) e Omar Fraile (Ineos Grenadiers) terminaram em segundo e terceiro.
De camisa de campeão mundial, Van der Poel foi a estrela em Madrid, tirou fotos com os fãs, atendeu aos cerca de 2 mil que esperaram na fila, deu entrevista e falou sobre seus planos para 2024.
Confirmou que vai dedicar o fim de temporada ao ciclocross, com uma intensa programação de 10 a 15 provas a partir de dezembro, onde também vai vestir a camisa arco-íris, que pretende defender no Mundial CX no dia 4 de fevereiro em Tabor, na República Tcheca.
“Vou começar minha temporada de ciclocross no final de dezembro e terminar no Campeonato Mundial”, confirmou o cinco vezes campeão mundial de ciclocross. Na temporada 2022/23, Van der Poel começou a disputar as provas do ciclocross no final de novembro.
Van der Poel campeão da Paris-Roubaix 2023
“A alternância entre as disciplinas é algo que gosto muito. Com certeza, meus objetivos no ciclocross mudaram e fiquei mais na estrada. Esse ano tive muita sorte – ainda tinha alguns sonhos (na estrada) e este ano concretizei três deles numa temporada (Milão-San Remo, Paris-Roubaix e o Mundial)”, contou o holandês.
Apesar da intensa programação no ciclocross, Van der Poel também já pensa nas Clássicas. “Tem sido uma temporada incrível, gostei muito e estou ansioso pelo próximo ano para correr com esta camisa nas Clássicas”, disse. Agora vencedor de três Monumentos, Van der Poel foi questionado sobre as suas ambições de ganhar todas as cinco Monumentos, mas não quis se arriscar sobre a Liège-Bastogne-Liège e Il Lombardia, as duas que faltam. “Acho que vai ser difícil. Liège é possível, já fiz isso uma vez e não estava tão longe, mas a Lombardia é uma história diferente, é quase uma corrida de alpinismo. Talvez eu tente um dia, mas com certeza sei que vai ser muito difícil. Eu me concentro nas corridas que posso vencer e isso também é importante.”
O holandês também pretende se dedicar a etapas da Copas do Mundo de MTB e disputar os Jogos Olímpicos de Paris no mountain bike, apesar da questão da vaga para o seu país ainda não ter sido resolvida. “É uma oportunidade no próximo ano com as Olimpíadas, é uma temporada especial.”
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